IIIº Conselho Consultivo do Ministério do Ambiente
Na presença de representantes do governo, parceiros institucionais, técnicos especializados e diversas autoridades locais, o Ministério do Ambiente realizou nesta quinta-feira, na Sala de Conferências do Hotel Serra da Chela, no Lubango, o seu IIIº Conselho Consultivo. Com o tema “50 Anos de Independência Nacional - Um Novo Rumo Para a Sustentabilidade”, o encontro serviu de palco para reflexão, avaliação e planejamento das acções de preservação ambiental e desenvolvimento sustentável do país para o próximo quinquênio.
Na sessão de abertura, as palavras de boas-vindas vieram da Vice-Governadora da Huíla, Maria João Chipalavela, que representou o Governador Nuno Mahapi Dala. Em seu discurso, destacou a importância da província como centro de investigação ambiental com projectos reconhecidos internacionalmente nas áreas de biodiversidade, poluição e clima, muitos envolvendo jovens cientistas locais.
A vice-governadora reforçou a visão de que o ecoturismo representa uma oportunidade estratégica para diversificar a economia e promover o desenvolvimento local: “A valorização do nosso património natural através do ecoturismo contribui directamente para a mitigação das alterações climáticas e para a protecção da biodiversidade, promovendo crescimento económico aliado à preservação ambiental”, afirmou.
No seu discurso de abertura, a Ministra do Ambiente, Ana Paula de Carvalho Pereira, agradeceu à província pela calorosa recepção e destacou a importância do Conselho, especialmente por estar a celebrar 50 anos de soberania. Em sua fala, a Ministra traçou um percurso da evolução do sector ambiental, salientando os avanços na consolidação institucional e na afirmação da identidade nacional, ao mesmo tempo em que reconheceu os desafios enfrentados, principalmente no contexto da crise climática, perda de biodiversidade e degradação de ecossistemas.
Ela destacou que superar esses obstáculos passa por uma mudança de paradigma, alinhada às metas do Plano de Desenvolvimento Nacional 2023-2027, além de instrumentos como a ENAC 2022-2035, o NBSAP e os compromissos internacionais, incluindo a Agenda 2030, o Acordo de Paris e a Agenda Africana 2063. “Este Conselho é uma oportunidade de ouvir, compartilhar e planejar estratégias que permitam transformar desafios em ações concretas”, ressaltou.
Durante o encontro, foram apresentados e discutidos temas essenciais para o fortalecimento do sector
O conselho reforçou a necessidade de fortalecer a cooperação entre níveis de governação, acelerar processos de licenciamento e ampliar campanhas de sensibilização ambiental, especialmente no monitoramento de nascentes do Rio Kwanza e na implementação de a acções de reflorestamento. A importância do desenvolvimento de espaços verdes, a gestão de resíduos sólidos e a implementação de uma economia circular também foram temas destacados.