O Governo de Angola, a semelhança de outros países africanos em desenvolvimento, tem registado um aumento significativo da frequência de eventos climáticos extremos, como inundações e secas, cujos impactos socioeconómicos tornam as comunidades mais vulneráveis. Reconhecendo a necessidade de enfrentar o fenómeno das Alterações Climáticas emergentes, decorreu na manhã de hoje, 14 de março de 2025, em Luanda, o Workshop de Lançamento para o início da operacionalização do Sistema Nacional de Monitorização, Reporte e Verificação (MRV).
O evento tem como objectivo principal dar sequência ao primeiro Workshop de apresentação sobre o MRV, que visou colher dados e trocas de experiência com diversos sectores intervenientes no sistema de Monitorização, Reportes, Verificação, e constituição dos Grupos de Trabalho Técnico para a sua operacionalização, realizado em 2023, o que permitiu apresentar a estes grupos técnicos as etapas subsequentes para operacionalizar de forma piloto o MRV nacional.
O discurso de abertura foi proferido pelo Secretário de Estado para Acção Climática e Desenvolvimento Sustentável, Nascimento Soares, que representou a Ministra do Ambiente, Ana Paula de Carvalho Pereira, neste importante evento do Sector Energético, que, segundo o Secretário de Estado, cumpre integralmente ao Decreto Presidencial n.º 8/22, de 13 de janeiro, que Institucionaliza o Sistema Nacional de Monitoramento, Reporte e Verificação da Política Climática em Angola. “O Decreto, estabelece a necessidade urgente de um sistema estruturado, rigoroso e transparente, de modo a garantir que Angola cumpra com os compromissos Climáticos internacionais, reforçando a sua posição geopolítica no combate às Alterações Climáticas e crie um ambiente propício à atracção de investimentos sustentáveis no sector”, acrescentou.
À vista disso, reforçou que o Sector Energético assume um papel estratégico no desenvolvimento de Angola, sendo que, a electrificação do país é essencial para impulsionar o crescimento económico, melhorar a qualidade de vida do cidadão, e fortalecer a competitividade internacional.
Ao terminar, referiu que o desenvolvimento do Sistema Nacional de MRV, promovido pelo Ministério do Ambiente, em parceria com o Ministério da Energia e Águas, e com o apoio do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), representa um avanço decisivo para o país, e que, o sucesso do Sistema MRV, depende do envolvimento e colaboração activa de todos.
O evento contou com a participação de representantes da ANR (Agência Nacional de Resíduos), PNUD, Sonangol, Ministério do Interior, PRODEL (Empresa Pública de Produção de Electricidade), Otchiva, dentre outras personalidades.