GRUPOS DE TRABALHOS AVALIAM NECESSIDADE DE FINANCIAMENTO
O terceiro dia da COP16, foi reservado especialmente aos grupos de trabalhos, que apontaram a complexidade do financiamento da biodiversidade, considerando a existência de diversas opiniões sobre a adequação e eficácia dos mecanismos financeiros actuais, como o Fundo Global para o Ambiente (GEF) e o Fundo do Quadro Global para a Biodiversidade (GBF).
Os delegados que também representam os países envolvidos na convenção, manifestaram preocupações quanto à necessidade de criar um novo mecanismo financeiro, uma vez que, o actual, não atende adequadamente às necessidades de financiamento da biodiversidade. A Suíça, Canadá, Austrália, Noruega, Nova Zelândia e o Reino Unido, argumentaram contra a criação de um comité permanente, sublinhando que, a efectivação poderia tornar-se oneroso sem oferecer benefícios adicionais.
Em contraste disto, a África do Sul e a Colômbia, e outros, defendem a criação de um instrumento global dedicado especificamente ao financiamento da biodiversidade. O grupo, por sua vez, afirmou que o Fundo (GBF) é inadequado. Ao passo que, Fiji, em representação dos catorze Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento do Pacífico, apelou por uma transformação no acesso aos fundos, e, na necessidade de capacitar as agências locais para liderarem iniciativas da biodiversidade.
Em contrapartida, a China e a Federação da Rússia pediram reformas significativas para abordar questões de desigualdade e injustiça no sistema de financiamento actual. A Índia e Bangladesh apontaram a complexidade dos procedimentos do GEF e na brevidade de um mecanismo mais transparente e inclusivo.
Embora haja reconhecimento do papel do GEF, os grupos manifestaram preocupação em função da demanda crescente por soluções mais adaptadas às realidades locais e por um sistema financeiro que seja mais justo, eficiente e acessível para todos os países, especialmente aqueles que enfrentam desafios únicos, como os Pequenos Estados Insulares e Nações com alta biodiversidade em risco.