O Secretário de Estado para Acção Climática e Desenvolvimento Sustentável, Nascimento Soares, procedeu na manhã desta quarta-feira, 22 de Outubro de 2025, em representação a Ministra do Ambiente, Ana Paula Chantre Luna de Carvalho Pereira, o discurso de abertura da Vª Conferência da Revista Economia & Mercado sob o tema “Carbono, Financiamento Verde e Justiça Climática: Estratégias para o Desenvolvimento Sustentável”, em Luanda.
Durante a abertura da conferência que tem como objectivo fomentar o debate em torno de uma Angola mais resiliente e sustentável, o Secretário destacou a relevância do tema, num momento em que o país enfrenta os impactos das alterações climáticas, como secas prolongadas, erosão dos solos e perda de biodiversidade.
Afirmou ainda que o Executivo angolano, tem vindo a implementar políticas estruturantes para uma transição de economia de baixo carbono, nomeadamente a Estratégia Nacional para as Alterações Climáticas (ENAC 2022–2035), Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC 3.0), o 1.º Plano Nacional de Adaptação (NAP), em fase de operacionalização, a criação da Plataforma Nacional de Monitorização, Reporte e Verificação (MRV), o Plano Nacional para Redução de Emissões de Metano e o Plano Estratégico da Biodiversidade e NBSAP 2025–2030, entre outros instrumentos.
A importância do financiamento verde também foi enfatizada como ferramenta essencial para converter compromissos ambientais em acções concretas, que permitam o desenvolvimento de energias renováveis, agricultura sustentável e maior resiliência comunitária.
Segundo o responsável, o futuro do planeta depende da acção colectiva, visto que todas as decisões económicas têm implicações ambientais e que, mesmo as medidas aparentemente pequenas, são fundamentais para construir um legado sustentável para as futuras gerações.
O evento, que decorre reúne diversos especialistas nacionais e internacionais, representantes do governo, sociedade civil e sector privado, para debater soluções integradas aos desafios ambientais em Angola.
O discurso concluiu com o apelo ao fortalecimento do diálogo entre Estado, sector privado e sociedade civil, destacou que a sustentabilidade “não se constrói isoladamente” e que cada decisão económica também deve ser pensada como uma decisão ambiental.