Em alusão ao dia internacional para a Conservação dos Mangais, celebrado no dia 26 de Julho, o Ministério do Ambiente, através da Direcção Nacional do Ambiente, em parceria com o Associação OTCHIVA, lança o ciclo sobre a conservação dos Mangais. A actividade, que decorre na Província do Zaire, Município do Soyo sob o lema "Os Mangais como fonte de renda e subsistência para as comunidades costeiras de Angola”, visa promover a conscientização, fortalecer parceiras e definir acções futuras para a conservação dos Mangais no em Angola. O acto foi precedido pelo Administrador Adjunto do Município do Soyo, Sr. José Suca Londa em representação ao Administrador Municipal e contou com a presença da Directora Nacional do Ambiente, Dra. Sandra Nascimento, Fundadora da Otchiva, Fernanda René, Técnicos do Ministério do Ambiente, associações de defesa do ambiente e sociedade civil. Os mangais são ecossistemas naturais tropicais, compostos por espécies de plantas que toleram água salgada geralmente localizada em áreas costeiras, os mangais são considerados “ecossistemas de carbono azul”, bem como ervas marinhas e pântanos de sal, e têm a capacidade em absorver e armazenar grandes quantidades de carbono a longo termo, em comparação com ecossistemas terrestres. tornando-os essenciais para o combate às mudanças climáticas, mas mesmo assim, estes encontram-se sobre enorme risco de destruição devido às actividades humanas. A floresta de mangal constitui um ecossistema costeiro de transição entre o meio terrestre e marinho, que possui adaptações específicas para responder às condições extremas de salinidade, ventos e ciclo de marés. Apesar da sua importância ecológica, económica e social, o real valor das florestas de mangais ainda é pouco conhecido pela sociedade, colocando-os sob grande vulnerabilidade não só pelo impacto das alterações climáticas, mas pelo desenvolvimento económico costeiro à escala global. A capacitação abordou temas como, a localização dos Mangais em Angola, caracterização geológica e geomorfológica, flora, diversidade de espécies de peixe, crustáceos e moluscos. Resultados de pesquisas e expedição levada acabo pela Direcção do Ambiente e pelo Projecto OTCHIVA em parceria com os Governos Provinciais. Participaram deste primeiro ciclo, mais de 150 pessoas entre Representantes do Governo Provincial, Instituto Nacional da Biodiversidade e Conservação, Autoridades Tradicionais, Forças Armadas, Escoteiros de Angola e Sociedade Civil