O Presidente da República de Angola, João Manuel Gonçalves Lourenço, procedeu na manhã de hoje, 30 de janeiro de 25, em Luanda, a Abertura oficial da Primeira Conferência Internacional da Biodiversidade e Áreas de Conservação (CIBAC).
A Conferência Internacional da Biodiversidade e Áreas de Conservação – CIBAC, que se realiza sob lema “Preservar hoje, para garantir o equilíbrio da vida do amanhã”, é uma iniciativa pioneira do Governo de Angola, através do Ministério do Ambiente, visa celebrar os 50 anos de independência de Angola, e, busca reunir especialistas, formuladores de políticas, líderes empresariais e ambientalistas, para discutir e promover soluções inovadoras relativo a Proteção da Biodiversidade e a Conservação das Áreas Naturais. O evento que ocorrerá em dois dias, 30 e 31 de janeiro, destaca o papel essencial da Biodiversidade para o desenvolvimento sustentável e o bem-estar social, dando um espaço para a troca de conhecimentos e experiências que fortaleçam as políticas de conservação no país e na região.
Durante o acto de abertura, o Presidente, reiterou os esforços levado acabo pelo Governo angolano, no que toca a melhoria da conservação e protecção da biodiversidade, por intermédio do Ministério do Ambiente (MINAMB), com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e com financiamento do Fundo Global para o Ambiente, que no ano de 2016, iniciou a Implementação do Projecto de Expansão e Fortalecimento do Sistema de Áreas Protegidas em Angola, com a finalidade de melhorar a gestão do sistema de áreas protegidas no país.
Na sequência, o Chefe de Estado angolano falou dos desafios que o país enfrenta com respeito a conservação das aves migratórias em Angola, devido à acção humana e às catástrofes naturais. Disse ainda, que de vez em quando, as mortes de aves ocorrem devido a colisão com estruturas artificiais, facto que tem preocupado todo o mundo, especialmente em regiões como a nossa, onde as rotas migratórias podem estar pouco documentadas, da qual solicita realização de estudos de avaliação ambiental para evitar danos nas principais rotas migratórias.
Por sua vez, a Ministra do Ambiente, Ana Paula de Carvalho Pereira, na qualidade de anfitriã do evento, salientou que Angola é uma potência ambiental, e continua a trilhar o caminho da preservação, com responsabilidade, visão e acções concretas. Ressaltou de igual modo, que a escolha do tema, traz à tona questões pertinentes sobre a conservação da biodiversidade que angola apresenta em razão da combinação de vários factores como a vasta dimensão, posição geográfica, variação em altitude e tipo de biomas.
Todavia, sublinhou que este avanço é resultante diversidade climática combinada com igual variabilidade geológica e dos solos, o que contribui para a formação de zonas bioclimáticas que compreendem desde a densa floresta tropical até a ausência de vegetação no deserto, favorecendo assim um elevado nível de diversidade biológica nestes diferentes habitats.
Ao terminar, fez lembrar aos participantes de que o dia de amanhã, será reservado a assuntos como a participação activa das comunidades locais na gestão sustentável dos recursos naturais, dentre eles o ecoturismo como pilar estratégico para a conservação e promoção do equilíbrio entre desenvolvimento económico e preservação ambiental.