O Parque Nacional da Quiçama, localizado a 65 quilómetros da sede provincial de Icolo e Bengo, será em breve classificado como a Primeira Reserva da Biosfera de Angola. Os dados foram anunciados, pela Ministra do Ambiente, Ana Paula de Carvalho Pereira, durante o encontro que manteve com o Governador Provincial do Icolo e Bengo, Auzílio Jacob, na última semana.
De acordo com a Ministra, a classificação da Biosfera, cujo conceito compreende todos os seres vivos e seus ecossistemas, está em processo de concretização e deve ocorrer em breve. Para o efeito, este trabalho esta ser realizado em colaboração com o Ministério da Educação e a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação)
A iniciativa visa proteger uma das regiões de maior biodiversidade do país, que abriga espécies ameaçadas, como o Manatim africano e o Elefante da savana, além de servir como habitat para diversas aves marinhas e zonas de nidificação de tartarugas. Além disso, a reserva englobará ecossistemas vitais, como mangais, estuários e praias, que desempenham papéis cruciais na manutenção do equilíbrio ecológico e no sustento das comunidades locais, sendo que a criação deste espaço não se limita à conservação ambiental, mas, busca também promover o desenvolvimento socioeconómico sustentável, reforçando práticas agrícolas e de pesca responsável.
A titular da pasta do Ambiente, salientou ainda que o Parque da Quiçama é um tesouro natural, a sua localização privilegiada na costa atlântica de Angola, influenciada pelas correntes marinhas, contribui para a abundância de recursos marinhos e terrestres. Agora com melhores condições, o Parque está ser preparando para receber turistas, com investimentos contínuos em infraestruturas, recursos técnicos e segurança. O repovoamento de espécies, como girafas, provenientes da Namíbia, e a operação da Escola de Fiscais Ambientais são exemplos de iniciativas que visam fortalecer a conservação e o turismo sustentável, acrescentou.
Ao terminar, reforçou que, com a criação da Reserva da Biosfera, Angola espera não apenas proteger sua biodiversidade, mas também promover o ecoturismo e a valorização cultural, garantindo que as futuras gerações possam desfrutar da riqueza natural e cultural do país.