MINISTRA DO AMBIENTE FALA SOBRE A BIODIVERSIDADE ANGOLANA DURANTE O ENCONTRO BILATERAL COM A VICE-PRESIDENTE DA COLÔMBIA.
A Ministra do Ambiente, Ana Paula de Carvalho Pereira, que se encontra na cidade de Santiago de Cali, na Colômbia, para representar o Chefe de Estado Angolano, João Manuel Gonçalves Lourenço, na 16ª edição da Conferência sobre Biodiversidade. Dia 29 de outubro, a convite da Vice-presidente da Colômbia, Francia Elena Márquez Mina, participou no debate sobre a Estratégia Africana da Biodiversidade
Neste certame, a Chefe da Delegação Angolana, antes da sua intervenção, agradeceu a hospitalidade e apresentou os cumprimentos em nome do Presidente, João Manuel Gonçalves Lourenço. Seguidamente, falou sobre o ponto de situação do país no que toca a diversidade biológica.
No desenvolver da sua intervenção, falou sobre o grande período de guerra que o país sofreu, o que originou devastação e perda da biodiversidade. Em vista disso, ressaltou que, de um tempo para cá, o paradigma da biodiversidade angolana mudou consideravelmente, fruto do esforço implantado pelo Estado angolano.
Disse ainda, que actualmente o país conta com 14 áreas de conservação ambiental, entre os quais, Parques Nacionais, e Reservas Naturais, que perfazem 13 por cento da superfície do território nacional.
Perante o exposto, disse que, estudos estão sendo realizados para mais 3 áreas de conservação, com a previsão de passar a 16 por cento, para que, num futuro não muito distante, alcancemos os 30 por cento. “De formas a mantermos essas áreas, temos trabalhado no envolvimento e principalmente no empoderamento das comunidades que vivem em torno dessas áreas, dizer também, que temos 612 fiscais ambientais distribuídos pelas 14 áreas de conservação”, salientou
Relativamente a Estratégia e Plano de Acção Nacional para a Biodiversidade (NBSAP), a Chefe da Delegação Angolana na COP16, disse que Angola tem o processo de revisão muito avançado, e, que, já foram realizados processos de consulta a nível das instituições governamentais e não-governamentais.
Em conclusão, pontou que o processo foi transversal e integrante, o que resultou das 23 metas definidas, que se alinham às metas de "Kungmin-Montreal Global Biodiversity Framework" (GBF). “Nós temos os estudos feitos, temos concluído praticamente a NBSAP, dizer que anterior teve um nível de execução na ordem dos 60 por cento, mas, o grande problema que temos, e acho que é geral, é a questão do financiamento para a execução dessas acções”, finalizou.