A Ministra do Ambiente, Ana Paula de Carvalho Pereira, que lidera a delegação angolana, na 20ª Sessão Ordinária da Conferência Ministerial Africana sobre o Ambiente, AMCEN -20, que decorre de 14 a 18 de Julho, em Nairobi-Quénia, referiu nesta Quinta-feira (17), que a República de Angola, tem grande semelhança com países da região é vulnerável aos efeitos negativos das alterações climáticas. Por essa razão, reforçou ao Executivo Angolano a adaptar um conjunto de prioridades integradas nos programas e estratégias de desenvolvimento sustentável alinhadas, a agenda 2063 da União Africana, bem como os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.
Com objectivo de reduzir e adaptar estes efeitos Ana Paula de Carvalho Pereira, falava no painel sobre Diálogo de Política Ministerial, a importância na relação entre a inteligência artificial e acção climática.
Tendo de igual modo, sublinhado que, a estratégia nacional para alterações climáticas (ENAC 2022 – 2035) inclui um pilar dedicado a pesquisa e observação sistemática, que visa expandir a capacidade científica, técnica e institucional do país, promovendo, desta forma a monitorização do sistema climático nacional e apoiando políticas públicas com base em dados robustos.
A Ministra por outro lado, reforçou na sua intervenção que, foram identificadas iniciativas prioritárias e definidas metas, das quais destacou: expansão e harmonização da rede de estações de observação meteorológicas do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INAMET).
Com a instalação de 45 novas unidades de observação até 2035; caracterizar o clima actual do país e avaliar de forma contínua a variabilidade e tendências de temperatura, precipitação e eventos extremos climáticos; gerar cenários climáticos futuros para Angola e regionais baseados em modelos climáticos globais do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas), bem como estabelecer uma metodologia nacional para avaliação de vulnerabilidades climáticas e alargar a cobertura do país com sistemas de alerta precoce, concluiu.
O evento que termina nesta sexta-feira (18), é organizado pela UNEP (Programa das Nações Unidas para o Ambiente), voltado à protecção do ambiente e à promoção do desenvolvimento sustentável. Os participantes estão optimistas na criação de uma plataforma para reforçar o envolvimento colectivo de África na agenda ambiental global.
A margem da conferência, a Ana Paula Chantre Luna de Carvalho Pereira, aproveitou também a ocasião para manter encontros em separados com várias entidades.
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MINISTRA DO AMBIENTE DESTACA USO DA INOVAÇÃO TECNOLÓGICA NO COMBATE ÀS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS EM ANGOLA