A Ministra do Ambiente, Ana Paula Chantre Luna de Carvalho Pereira, em representação ao Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, destacou as acções concretas implementadas por Angola, para enfrentar as alterações climáticas, tanto na mitigação das emissões de gases com efeito de estufa, quanto na adaptação aos seus impactos, durante uma das sessões comemorativa dos 80 anos das Nações Unidas, que reuniu mais de 150 líderes internacionais.
No seu discurso, a Ministra sublinhou que Angola ractificou formalmente o Acordo de Paris em 2020, mas já demonstrava compromisso com a acção climática desde 2015, com a submissão da sua primeira Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC), o país encontra-se actualmente na sua terceira NDC (2021–2025), a mais ambiciosa até agora, reflectindo metas actualizadas para mitigação e adaptação climática.
A Ministra destacou ainda cinco sectores-chaves onde Angola tem concentrado esforços para a redução de emissões, expansão de fontes de energia limpa e redução da queimada de gás nos campos petrolífero, reflorestação, regeneração assistida e recuperação de áreas degradadas, adopção de tecnologias com menor intensidade carbónica, melhoria na gestão, com reaproveitamento e compostagem de resíduos, dentre outros.
Segundo a Ministra, a adaptação é uma prioridade estratégica, entre as principais medidas com destaque: o fortalecimento da resiliência dos sistemas agrícolas e recuperação de área, instalação de sistemas de alerta, avaliação de infra-estrutura de protecção e planeamento de novos investimentos para enfrentar a subida do nível do mar, prevenção de incêndios florestais, criação e gestão sustentável de áreas de conservação, recursos hídricos, saúde pública e Infraestruturas.
A Ministra concluiu sua intervenção lembrando que "cada molécula liberada de gás de efeito estufa é um lembrete invisível de que as escolhas do presente moldam o clima futuro".