O presidente da república de Angola, João Manuel Goncalves Lourenço, salientou em Nova Iorque, à margem da 80.ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, que não se pode falar de saúde em 2025 sem considerar a relação entre esta e as mudanças climáticas, os conflitos e as pandemias, principalmente pelo facto de o continente ser mais vulnerável às alterações climáticas. Informou que as inundações, secas e fenómenos extremos já começaram a desencadear surtos de cólera, malária e outras doenças.
O estadista angolano disse que as pandemias não surgem no vazio, mas sim prosperam em contextos de fragilidade e instabilidade. “É por isso que a parceria entre a União Africana, através do Africa CDC e do Fundo Verde para o Clima, entre outras instituições, é vital”, aclarou o líder da União Africana, para quem investir em sistemas de saúde resilientes e adaptados ao clima pressupõe proteger as populações e garantir que as infraestruturas resistem aos choques do futuro.
“Como Presidente da República de Angola e em exercício da União Africana, reafirmo que a saúde está no centro da Agenda Africana de desenvolvimento humano, da soberania e de uma parceria continental transformadora. Angola permanece firme e comprometida com este esforço continental”, assegurou o Presidente João Lourenço, no encontro subordinado ao lema “Garantir a Soberania Sanitária de África; Liderança Política para o Financiamento Sustentável da Saúde, Produção Local e Preparação para Pandemias”.
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JOÃO LOURENÇO AFIRMA QUE NÃO SE PODE FALAR DE SAÚDE SEM RELACIONAR COM AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS.