Depois de vários dias de trabalhos e discussões sobre as questões da Biodiversidade, a décima sexta edição da Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP16), que ocorreu na cidade de Santiago de Cali, Colômbia, de 21 de outubro a 1 de novembro de 2024, se estendeu por mais de 12 horas, desde a tarde de sexta-feira até a manhã de sábado (2), em uma negociação para a criação de um fundo mundial, para estabelecer pagamentos pelo uso de sequências genéticas digitalizadas, denominado Fundo de Cali, que também garantirá a partilha dos benefícios obtidos com a biodiversidade.
Durante o período de realização da Conferência, que juntou 196 países membros da CDB, representados por cerca de 10 mil pessoas, muitos grupos de trabalho foram formados e inúmeros temas discutidos, como a Implementação do Marco Global de Biodiversidade Kunming-Montreal, Mobilização de Recursos Financeiros, Participação de Povos Indígenas e Comunidades Locais, Repartimento de Benefícios de Recursos Genéticos, Intersecção entre Biodiversidade, Mudanças Climáticas, entre outros.
No final dos trabalhos, a Delegação Angolana esteve reunida sob orientação da Ministra do Ambiente, que chefiou o grupo, Ana Paula de Carvalho Pereira, em representação do Chefe de Estado Angolano, João Manuel Gonçalves Lourenço, para fazer o balanço e o relatório final da participação de Angola na Conferência. De referir, que Angola participou nos debates e decisões relevantes para a conservação da biodiversidade e suas iniciativas no contexto ambiental.
Em conclusão, a adesão à Declaração de Cali pelos países participantes, reflecte uma abordagem integrada e colaborativa, para enfrentar os desafios da conservação da biodiversidade, assim como, a implementação efectiva do Marco Global de Biodiversidade Kunming-Montreal, cuja declaração, destaca a importância de políticas nacionais robustas, aumento do financiamento para conservação e a inclusão de conhecimentos tradicionais de povos indígenas e comunidades locais nas estratégias de preservação.