No Segmento de Alto Nível da COP 30/CMP 20/CMA 7 realizado hoje (18) que acolheu declarações das Partes e representantes de grupos que se registaram para apresentar suas posições, destacou-se a importância das declarações nacionais e o papel essencial que as organizações intergovernamentais e ONGs desempenham na agenda climática global.
Durante a conferência, o Secretário de Estado para Acção Climática e Desenvolvimento Sustentável de Angola, Nascimento Soares, discursou na presença do embaixador angolano nas Nações Unidas, Mateus Pedro Luemba e de outros membros da delegação do país. Na sua intervenção felicitou o governo brasileiro pela hospitalidade e pela exemplar liderança na realização da COP30.
O Secretário de Estado destacou que a conferência ocorre num momento crítico, enfatizando que:"O mundo precisa transformar compromissos em acções e acções em resultados concretos para as comunidades mais vulneráveis."
E sob a liderança do Presidente da República de Angola e da União Africana, João Manuel Gonçalves Lourenço, o país reafirma seu compromisso com uma transição climática justa, inclusiva e resiliente.
Nascimento Soares mencionou a implementação do NDC 3.0, que abrange importantes áreas como mitigação, adaptação, biodiversidade e gestão sustentável das florestas, almejando uma economia de baixo carbono.
Além disso, Angola está a desenvolver o Primeiro Plano Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas, que visa fortalecer a gestão de riscos climáticos, criar um sistema de alerta precoce e aumentar a resiliência hídrica.
O Secretário de Estado pediu uma renovação nos paradigmas de financiamento, sublinhando: "A África não pode ser deixada para trás, pois o sucesso global depende de um novo paradigma de financiamento que seja previsível e acessível."
Angola defende a operacionalização do fundo de perdas e danos, a aceleração dos compromissos financeiros para adaptação e o reforço da arquitetura global de financiamento climático, integrando o papel dos bancos regionais africanos. Também ressaltou a necessidade de colaboração em tecnologias limpas, energias renováveis e na economia azul.
O Secretário de Estado finalizou a sua intervenção expressando a esperança de que a COP 30 se torne num marco histórico, viabilizando a implementação efectiva da Agenda 2030, priorizando o ser humano e a sustentabilidade nas decisões globais. Angola reafirmou seu compromisso em colaborar com todos para deixar um legado positivo para as pessoas e o planeta.