• ANGOLA REFORÇA COMPROMISSO COM A CONSERVAÇÃO DAS ZONAS HÚMIDAS NO ÂMBITO DA CONVENÇÃO DE RAMSAR


    O Governo de Angola reafirmou, esta semana, o seu compromisso com a protecção e gestão sustentável das zonas húmidas, no âmbito da Convenção de Ramsar. A Ministra do Ambiente, Ana Paula de Carvalho Pereira, em representação do Presidente João Manuel Gonçalves Lourenço, anunciou que já foram identificadas onze zonas húmidas no país com potencial para serem designadas como Sítios de Importância Internacional.
    A declaração foi feita durante uma intervenção oficial, na qual a Ministra destacou que a adesão de Angola à Convenção de Ramsar foi formalizada através da Resolução n.º 27/16, de 22 de Julho, aprovada pela Assembleia Nacional e publicada no Diário da República.
    As zonas húmidas identificadas incluem locais de elevado valor ecológico, económico, científico e recreativo. Segundo a Ministra, uma das zonas — o Saco dos Flamingos, em Luanda — encontra-se já em fase de conclusão do processo de candidatura a Sítio Ramsar.
    Numa segunda fase, está prevista a inclusão de mais três zonas na província de Icolo e Bengo: a Lagoa de Calumbo, a Lagoa da Kilunda (na Funda) e o troço do rio Cuanza no Parque Nacional da Quiçama. Posteriormente, seguir-se-ão o Complexo Lagunário de Saurico no Panguila, província do Bengo, e a Baía do Lobito, em Benguela.
    A Ministra solicitou apoio para a elaboração de um plano de gestão para as zonas já identificadas, reconhecendo os desafios enfrentados pelo país, como as alterações climáticas, a pressão sobre os recursos hídricos, a degradação ambiental e as vulnerabilidades socioeconómicas.
    Apesar dos desafios, Angola está a investir em políticas de conservação, reforço institucional e educação ambiental. Entre as medidas mais recentes, destaca-se a implementação da Estratégia Nacional sobre Soluções Baseadas na Natureza (NBSAPI 2025–2030).