• ANGOLA ESTÁ PRESENTE NA COP 30 EM BELÉM


    Abriram-se as cortinas da 30ª Conferência das Partes (COP 30) em Belém, Brasil.
    A delegação angolana faz-se presente, liderada pela Ministra do Ambiente, Ana Paula de Carvalho Pereira em representação ao presidente da República de Angola, João Manuel Gonçalves Lourenço, que não pôde comparecer devido a compromissos de agenda.
    Em sua intervenção, a Ministra do Ambiente apresentou uma saudação especial do presidente João Lourenço e destacou que Angola celebra com orgulho o cinquentenário da sua independência, refletindo sobre os desafios e conquistas do país. Ela reafirmou o compromisso de Angola com uma agenda climática justa e solidária, enfatizando a importância da presença do país na conferência.
    A Ministra ressaltou a determinação de Angola em contribuir para limitar o aquecimento global a 1,5°C e fortalecer as comunidades vulneráveis para se adaptarem às mudanças climáticas. Ela mencionou os avanços do país na transição para uma economia de baixo carbono, incluindo melhorias na eficiência energética por meio de fontes limpas, como a energia solar e hídrica.
    Ana Paula também destacou os passos significativos na gestão de resíduos, com a construção de aterros sanitários e centros de valorização de resíduos previstos para o futuro. "Estamos a trabalhar para garantir um desenvolvimento sustentável que não deixe ninguém para trás", afirmou.
    A Ministra enfatizou que Angola, apesar de ser rica em recursos naturais, é vulnerável aos impactos das mudanças climáticas, afetando setores críticos como agricultura e recursos hídricos. Ela argumentou que a COP 30 deve ser um marco para definir uma resposta eficaz à tripla crise planetária: mudanças climáticas, perda de biodiversidade e gestão de resíduos. Anunciou a submissão da Estratégia Nacional para as Alterações Climáticas, NDC 3.0 de Angola, que reflecte uma visão nacional de desenvolvimento de baixo carbono, resiliência e inclusão. "Adaptar é sobreviver, e sobreviver é um ato de dignidade", disse ela, destacando a importância de integrar a adaptação às políticas de desenvolvimento.
    A Ministra também mencionou a necessidade de financiamento previsível e acessível para enfrentar os desafios climáticos e pediu que a COP 30 inicie a transformação das promessas em ações concretas.
    Por fim, Ana Paula reforçou a importância da cooperação Sul-Sul como um pilar fundamental para uma resposta global equitativa. Ela concluiu sua intervenção citando que "o desafio climático é, antes de tudo, um teste à nossa capacidade de cooperar e acreditar que o destino da humanidade é comum.